XII Fórum Brasileiro sobre Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia

Dados do Trabalho


Título

DESENVOLVIMENTO DE RESILIÊNCIA NAS AQUISIÇÕES INTERNACIONAIS DE MEDICAMENTOS PARA DOENÇAS RARAS POR MEIO DA APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS FARMACOECONÔMICAS: UMA PESQUISA QUALITATIVA REALIZADA EM HOSPITAIS DO RIO GRANDE DO SUL.

Introdução

Conforme definido na Portaria GM/MS n°199, de 30 de janeiro de 2014, é considerado doença rasa, uma condição de saúde que uma pequena fatia da população possua, no Brasil sendo 1,3 pessoa a cada duas mil pessoas. Devido a essa contextualização de raridade, tornam-se doenças ainda em processo de análise de estudos sem tratamentos definidos. Sendo necessário criar protocolos de tratamento caso a caso. Felizmente, nas últimas décadas, vivenciamos um desenvolvimento tecnológico ímpar na área de farmacologia internacional. Porém, nem todas as pessoas possuem acesso fácil. Na sua grande maioria, esses medicamentos são fabricados no exterior com necessidades de transportes peculiares. Desde os anos 2000, a compra de suprimentos no exterior já não é mais vista como uma atividade excepcional [1]. Entretanto, apenas em 2014, notou-se o quanto a globalização acentuou a necessidade de importar tais medicamentos [2]. A complexidade de importação de tais produtos está ligada às suas necessidades especiais, assim como, uma gama específica de documentos necessários para liberação perante os órgãos responsáveis por analisar sua qualidade (ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária). No entanto, é igualmente importante analisar a aquisição desses medicamentos sob uma perspectiva farmacoeconômica. Alinhando o tratamento ideal para o paciente às condições econômicas mais favoráveis, buscamos gerar insights que fortaleçam a resiliência da operação de importação de medicamentos.

Objetivo

Trazer a luz as complexidades existentes nas compras de medicamentos importados, para tratamento de pacientes com doenças raras, analisando todos os componentes da rede de supply chain envoltos. Para que seja possível criar uma ferramenta que torne o fluxo de importação de medicamentos para doenças raras resiliente. Com foco na redução do lead time, na análise de riscos e na gestão econômica da operação.

Material e Método

O estudo qualitativo investigou as experiências e desafios de profissionais que trabalham com portadores de doenças raras, por meio de entrevistas detalhadas.

Resultados

Um dos principais apontamentos é que dentre os profissionais entrevistados, sua grande maioria desconhece o lead time de cada etapa envolta do fluxo de compra de medicamentos importados. Pois, até o momento algumas etapas não eram claras, como: tempo de trânsito internacional e peculiaridades necessárias para solicitação de liberação prévia a compra junto a Anvisa. Além disso, a referência ao baixo conhecimento farmacoeconômico entre os participantes.

Conclusões

Após as entrevistas, foi possível analisar e entender o melhor cenário de compras de medicamento importados. Criou-se então um alinhamento das atividades e seus devidos lead times, apresentado em forma de blueprint para que toda a cadeia envolta ao processo entenda seu papel. Além disso, foram incorporados gatilhos farmacoeconômicos, que podem ser acionados em momentos estratégicos para otimizar as decisões de compra e aumentar a eficiência do processo.

Palavras chaves

FARMACOECONOMIA - MEDICAMENTOS IMPORTADOS - MEDICAMENTOS PARA DOENÇAS RARAS

Referências Bibliográficas

[1] BAILY, P., FARMER, D., JESSOP, D. & JONES, D. (2000). Compras, princípios e administração- São Paulo, p. 214-249. Atlas.
[2]Nunes, S. F., De Oliveira, F. H., & Vacca, A. C. (2020). GARGALOS LOGÍSTICOS DE IMPORTAÇÃO: ESTUDO DE CASO EM UM DISTRIBUIDOR FARMACÊUTICO. South American Development Society Journal, 5(15), 34. https://doi.org/10.24325/issn.2446-5763.v5i15p34-50

Área

Assistência Farmacêutica

Autores

SUELEN REJANE MOREIRA HOFF PIRES, GIÁCOMO BALBINOTTO NETO, JOANA Siqueira de Souza