Dados do Trabalho

Título

Superfícies de redistribuição de pressão na prevenção de lesão por pressão em pacientes críticos pediátricos: uma revisão de escopo

Introdução

As lesões por pressão são reconhecidas mundialmente como um problema de Saúde Pública, representam um baixo indicador de qualidade de assistência nos serviços de Saúde e estão fortemente relacionadas às boas práticas de Enfermagem, outros fatores colaboram para o desenvolvimento dessas lesões. As superfícies especiais de manejo de pressão (SEMP) são tecnologias em saúde de ação preventiva para lesão por pressão (LP).

Objetivo

O objetivo deste trabalho é mapear, identificar e sintetizar sistematicamente a literatura sobre superfícies especiais de manejo da pressão utilizadas em pacientes críticos pediátricos, conhecendo suas características, variações e resultados.

Material e Método

Trata-se de uma revisão de escopo empregando a metodologia do Joanna Briggs Institute e os critérios do PRISMA-ScR, estando esta revisão registrada no Open Science Framework (OSF) (https://o.sf.io/) sob o número de registro osf.io/jt8uw. Uma estratégia de busca com descritores DeCS/MeSH selecionou 192 citações publicadas em português, inglês e espanhol, sem limite de tempo, pesquisadas em bases de dados Medline/PubMed, Embase, BVS, Google Acadêmico e Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES.

Resultados

O processo resultou em 150 artigos, suprimidos os duplicados e excluídos. A amostra final foi de 20 artigos, 45% destes publicados em periódicos norte-americanos. Pacientes de 0 a 4 anos apresentam maior risco de desenvolver lesão por pressão em região occipital; colchões de espuma são os mais utilizados; sobreposições com superfícies de apoio estáticas e dinâmicas em combinação com medidas preventivas e equipes capacitadas são mais eficazes e econômicas do que superfícies de baixa perda de ar e superfícies de ar alternado. São contraindicadas sobreposições de ar alternado de células pequenas, argolas/donuts ou coxins de água, ar e sólidos. Superfícies de apoio em gel ajudam a evitar a incidência de lesões por pressão.

Conclusões

Enfermeiros devem avaliar o risco à pele do paciente pediátrico e neonatal, indicando as melhores superfícies especiais disponíveis juntamente com bundle de cuidados preventivos, minimizando agravos em lesões evitáveis e frequentes, com intervenções apoiadas em evidências científicas. Os resultados obtidos servirão para subsidiar o uso de tecnologias na prática profissional e na decisão de gestores em saúde.

Palavras chaves

Lesão por pressão. Prevenção. Legislação dispositivos médicos. Pediatria

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